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24 de jun. de 2013

Um novo recomeço

Uma das coisas que acho mais difícil na internet é conseguir manter um blog atualizado. Tenho blogs desde 2000 e pouco e sempre acabo os abandonando por N motivos. Agora com as redes sociais ter um blog parece coisa do passado. Mas o Facebook, Twitter, etc, não suprem a minha vontade de escrever assim, livremente sobre algum assunto. Por isso resolvi voltar e retomar esta página que estava abandonada há três anos. Faz tempo, ein!

Vou tentar escrever o máximo que puder. Para isso, estou tentando organizar minha vida: quero assistir mais filmes, acompanhar novas séries não largar as séries que assisto no momento (são muitas!), ler mais livros e quadrinhos, descobrir novas bandas e ter experiências culturais que valem a pena compartilhar.

Vou tentar concentrar minhas forças no cinema e na leitura. A minha meta é assistir a um filme (inédito!) por semana, pelo menos. Não é muita coisa considerando que até o final do ano teremos 24 semanas. Mas conto isso como um filme baixado da internet, sem contar estreias que irei conferir no cinema.

Livros são mais complicados porque tomam mais tempo. A ideia é ler 1 livro por mês ou pelo menos uma saga completa de algum quadrinho. Tenho diversos livros com leituras pela metade. Preciso focar. FOCAR!

Também gostaria de jogar novo games. O primeiro passo para isso acontecer foi largar o World of Warcraft. Apesar de estar tentada diariamente a voltar a jogar, preciso resistir e dar chances a jogos que nunca terminei (pra variar).

Seriados são mais tranquilos. Às vezes baixo diversos episódios de uma determinada série e assisto tudo numa semana, pra depois ficar meses sem ver nada. São poucas séries que acompanho semanalmente.

Vamos ver até onde isso vai dar. Espero, como sempre, que eu possa finalmente manter um blog atualizado, até porque sou uma pessoa muito interessante com muitas obsessões.

10 de ago. de 2010

Top 10 trailers dos últimos anos

O trailer de cinema é por definição um resumo de um filme que está por vir. O hábito que começou na década de 1910, uniu a publicidade ao cinema, as produções antes de serem lançadas devem ser vendidas ao público para, assim, obter o maior número de pessoas possível nos primeiros dias de exibição. Se tiver sucesso, ele aguça a curiosidade do espectador sobre aquela trama em particular.

Demoraram algumas décadas para o formato convencional de textos grandes e vozes irritantes que narravam a trama para o público sair de cena e dar lugar para as edições rápidas casadas com músicas marcantes. Dois bons exemplos são a ficção científica 2001: Uma Odisséia no Espaço de Stanley Kubrick e o terror Alien - O 8º Passageiro de Riddley Scott. Ambos dizem muito pouco sobre o enredo, porém preparam muito bem o espectador para o espírito de seus filmes.

Comecei a apreciar trailers quando amadureci minha obsessão pelo cinema na adolescência a partir dos anos 2000. Primeiramente por meio de fitas vhs, depois no cinema e atualmente na internet. Trailers, diga-se de passagem, são um dos formatos de vídeos mais assistidos na web. Enfim, em um momento de tédio resolvi rever alguns dos meus favoritos e decidi fazer uma lista dos 10 melhores trailers de cinema dos últimos anos. Confiram:

Deixa Ela Entrar (Let the Right One In, 2008): Filmes de língua não-inglesa sofrem muito quando são vendidos para o público americano, normalmente eles são mal editados, têm narradores que não empolgam e têm a trama mastigada para que o espectador consiga absorve-lá apesar da barreira lingüística. O longa sueco, Deixa Ela Entrar, no entanto, fugiu desse cliché horroroso e, de forma espetacular, conseguiu contar a história em apenas imagens e três falas do filme. O resultado é surpreendente e muito satisfatório, um reflexo de seu sucesso internacional.



[REC] (2007): Trailers de filmes de terror dificilmente são assustadores e, com freqüência, parecem bobos. Então que melhor forma de promover um longa do gênero do que mostrar a reação do público no cinema? Destaque para a mocinha que quase morre do coração no final do teaser.



Kill Bill (2003): Para a angústia dos cinéfilos de todo o mundo, Quentin Tarantino passou 6 longos anos sem lançar um filme com sua assinatura na direção. Quando, ao som de uma música tema sensacional, a frase "Miramax films presents the 4th film by Quentin Tarantino" aparecia no começo do trailer era possível ouvir suspiros em todos os cantos das salas de cinemas. Ele não apresenta muita coisa sobre a trama, além da singela dica de que "em 2003 Uma Thurman vai matar Bill".



Cloverfield (2008): Muita expectativa foi criada em torno desta produção e este trailer tem uma parcela de culpa. Pouca informação deixa o espectador desorientado e sedento para conferir o longa. Eu fui uma das pessoas ficaram intrigadas e correram para o cinema por causa desta prévia. Pena que a promessa de um bom filme só ficou na esperança do público.



Watchmen (2009): Estava tudo se encaminhando para Watchmen ser a melhor adaptação de quadrinhos de todos os tempos. O filme não é ruim, mas foi uma das decepções de 2009, espetacular mesmo foi somente o trailer embalado pelo som do Smashing Pumpkins.



Sin City (2005): O trailer do filme de Robert Rodriguez faz questão de apresentar os principais personagens da trama também na versão em quadrinhos, para acentuar sua fidelidade a HQ criada por Frank Miller. O resultado é fantástico e é de deixar qualquer um curioso para conferir o filme inteiro.



Vôo Noturno (Red Eye, 2005): É genial a forma com que este trailer engana o espectador. Ele se apresenta com traços típicos de um filme de romance e no final nos surpreende com o verdadeiro tom sombrio do thriller.



Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças (Eternal Sunshine of the Spotless Mind, 2004): Como promover um filme tão único e complicado quanto este? Que tal fazer um falso comercial sobre a empresa fictícia Lacuna, Inc., que serve como base para começar a entender sobre o que se trata o roteiro de Charlie Kaufman.

CLIQUE AQUI PARA VER O TRAILER NO YOUTUBE

Adaptação (Adaptation, 2002): Minha lista, até agora, está recheada de prévias que não apresentam muito sobre a história a ser contada. O trailer de Adaptação é um exemplo com ótima estrutura que se baseia nos moldes convencional. Ele começa apresentando o personagem central e, com a ajuda de textos que vão surgindo na tela, apresenta a trama, até atingir seu climax, que é unida a ótima canção Under Pressure do Queen. A combinação do voice-over do personagem do Nicolas Cage sobre o que ele não quer que o seu roteiro se transforme contrasta com as imagens do próprio longa é sensacional. É um trailer por completo.



Pecados Íntimos (Little Children, 2006): A montagem deste trailer é uma das melhores que já vi. Utilizando apenas do barulho de um trem que vai se intensificando, ele anuncia problemas para as vidas de duas famílias em um tranqüilo subúrbio americano. De um lado Kate Winslet, de outro Jennifer Connelly e Patrick Wilson. No decorrer do trailer, vemos também uma mão acariciando levemente a silhueta de uma mulher, culminando com dois trens de brinquedos se encontrando, que representam uma tragédia certa. No final, vemos que a silhueta em questão é de Kate Winslet. Considero o trailer de Pecados Íntimos o melhor que vi nos últimos anos por conseguir dizer tanto utilizando-se de elementos que vão além de uma narrativa simples. Brilhante!

25 de jul. de 2010

A melhor série que você não assiste!


Hoje uma das séries mais aclamada e premiada dos últimos anos está de volta na programação norte-americana para a sua 4ª temporada. Criada pelo escritor e produtor de The Sopranos, Matthew Weiner, Mad Men não é uma série que ganhou muito reconhecimento do público, pelo menos no Brasil. No orkut, por exemplo, a maior comunidade da série não passa de 5 mil membros, enquanto outras séries como True Blood e Dexter ultrapassam a marca de 120 mil pessoas.

É um fato curioso, já que a série é a grande ganhadora de prêmios importantes como o Globo de Ouro e Emmy nos últimos anos. Sendo que a associação dos jornalistas estrangeiros de Hollywood deu o Globo de melhor série dramática para Mad Men nas últimas três edições (2008, 2009 e 2010).

Mas, então, por que quase ninguém vê este seriado? É simples. Todo programa de televisão precisa ter uma premissa que chame a atenção. Por exemplo, você assistiria a uma série sobre um acidente de avião que levou estranhos a uma ilha misteriosa? Ou sobre uma sociedade aonde vampiros "saíram do armário" e convivem com humanos? Ou sobre um serial killer que trabalha na polícia? E sobre uma agência de publicidade nos anos 60? Pois é, Mad Men não tem uma sinopse muito atrativa. E aliada a falta de marketing por conta da própria AMC, canal de televisão que transmite a série nos Estados Unidos - só para se ter uma idéia, a 4ª temporada não ganhou um vídeo oficial sequer, eu pelo menos não vi, esta pequena jóia passa quase despercebida pelo público.


Afinal, sobre o que é Mad Men? Apesar do nome sugerir, não é uma história sobre loucos. A palavra Mad vem de Madison Avenue, local badalado pelas agências de publicidade em Nova York. O foco da trama está em Donald Draper, diretor de criação da agência Sterling Cooper, e nas pessoas fazem parte de sua vida dentro e fora do escritório. Você provavelmente já está bocejando. Acontece que Draper, interpretado de forma encantadora por Jon Hamm, é um homem misterioso, com segredos dos quais ele mantém longe de sua família e seus colegas de trabalho.

A série aborda a vida e comportamento nos anos 60, em uma sociedade machista aonde a hipocrisia e as aparências são a alma do negócio. O talento de Matthew Weiner e seus roteiristas é traduzido em um ambiente sessentista muito bem detalhado regado a muito cigarro, bebida e sexo. Tanto que, muitas vezes, o telespectador se sente assistindo a um filme daquela época, além de fatos marcantes como a crise dos mísseis cubanos e a morte de John F. Kennedy são inseridos na trama. Como é de se esperar, Mad Men também tem um elenco muito forte, e não só o masculino! As mulheres marcam presença e são destaque no enredo.

Não vou mentir, até abril deste ano, também era incluída na massa que não assiste a este excelente programa. Pelos motivos que citei acima, também nunca sentira vontade em conferir o auê em torno da série. Devo dizer que a trama é meio lenta no começo, não parece muito atraente, somente lá pelo 7º episódio que as coisas esquentam um pouco mais. Mas assista, vale a pena, pois uma vez que você conhece melhor os personagens, a história é viciante.
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